Dono de Obra: | INIP | | Cliente: | Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (INIP) | | Ano:
| 2007 | Área de Construção:
| 1500 m2 |
O Laboratório dos Recursos Biológicos, Aquáticos e do Ambiente, Fará o controlo de qualidade do pescado colocado à disposição das populações e a vigilância dos recursos hídricos nacionais.
O projecto de arquitectura da autoria da Arqt.ª Inês Pimentel e do Arqt.º André Tavares, definiu um programa completo que incluí seis laboratórios químicos, seis laboratórios biológicos, salas de balanças e de lavagem, gabinetes administrativos, auditório e biblioteca.
Na cave estão localizadas as zonas técnicas e uma sala de convívio com bar. A proximidade do mar será um factor condicionante, tanto para o processo construtivo como para a durabilidade e bom funcionamento do edifício, devido à cota previsivelmente elevada do nível freático. Projectaram-se poços onde serão colocadas bombas de grande capacidade, que permitirão rebaixar provisoriamente as águas freáticas durante a fase de obra. Será executada uma rede de drenagem definitiva que encaminhará a água para dois poços de bombagem, interligados de forma a garantir o funcionamento do sistema durante operações da manutenção.
A estrutura será executada sobre uma tela drenante contínua que a protegerá da corrosão provocada pelos agentes marinhos. A estrutura será em betão armado com lajes fungiformes aligeiradas sem capitéis salientes. Dada a fraca qualidade dos solos de fundação, observada durante a campanha de sondagens geológico-geotécnicas, a solução que revelou o melhor compromisso técnico-económico para a fundação, foi um ensoleiramento geral de 60 cm de espessura que tem a vantagem acrescida, em relação a soluções de fundações indirectas, de facilitar a impermeabilização do piso enterrado. Cumprindo as mais recentes recomendações da regulamentação europeia (EN1992 - Eurocódigo 2) e tendo em conta a vida útil espectável do edifício, utilizaram-se em projecto materiais de qualidade superior, nomeadamente nos elementos de betão armado como o betão da classe de resistência C30/37. Existirá uma rede de água desmineralizada fornecida aos técnicos. Será feito o tratamento das águas provenientes das bancadas laboratoriais, que contêm elevadas concentrações de substâncias químicas e que não podem ser enviadas directamente para esgoto. Nos casos das substâncias mais perigosas, as soluções serão colocadas em recipientes herméticos e enviadas para tratamento por empresas especializadas.
Os laboratórios serão abastecidos por redes de ar puro sintético, ar comprimido, protóxido de azoto, hélio, árgon, azoto, hidrogénio,acetileno, metano, dióxido de carbono, aspiração medicinal (vácuo) e gás butano. O abastecimento eléctrico será assegurado pela rede pública, existindo um gerador que assegurará o suporte a todos os equipamentos. Previu-se uma cisterna de água com 50.000 lt de capacidade, de forma a minimizar as consequências de eventuais cortes de água na rede pública, garantindo a autonomia do edifício durante esses períodos. A cisterna servirá ainda de reserva de emergência em caso de incêndio, abastecendo uma rede constituída por postos armados tipo carretel e hidrantes exteriores.
Ficha Técnica
Projecto de Arquitectura - Arqt.ª Inês Pimentel / Arqt.º André Tavares Projecto de Estabilidade - SE2P Projecto de Abastecimento de Água e de Água Desmineralizada - SE2P Projecto de Drenagem de Águas Pluviais e Freáticas - SE2P Projecto de Drenagem de Águas Residuais Domésticas - SE2P Projecto de Rede de Combate a Incêndios - SE2P Projecto de Instalações e Equipamentos Mecânicos - RGA Projecto de Instalações e Equipamentos Eléctricos e de Telecomunicações - RGA Projecto de Segurança Integrada - RGA Projecto de Redes de Gases Industriais - RGA |